Segundo informações do 'Extra', o policial e a dona do cão, Bruna Holtz, foram ouvidos na segunda-feira (15), na Delegacia de Teixeira de Freitas. Em depoimento, Wilson afirmou que matou o animal porque ele tinha o hábito de urinar e deixar fezes no gramado de sua casa, prejudicando assim a saúde de seu filho. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito alegou que já havia reclamado com a síndica, sem que nenhuma providência fosse tomada.
O policial admitiu ter enviado bilhete para a vizinha dizendo que tomaria providências em relação ao cachorro e não contra a mulher. A polícia informou que ele não foi indiciado por tentativa de homicídio, já que os disparos não foram direcionados à Bruna.
Além dos dois, a Polícia Civil também ouviu outras testemunhas e as imagens de câmeras de segurança do condomínio foram analisadas. O caso agora foi encaminhado para a promotoria e será analisado. O policial não tinha antecedentes criminais e se apresentou voluntariamente à delegacia da região após o crime.
Ao 'Extra', a advogada Bruna Holtz, de 26 anos, contou que não acredita ainda no que ocorreu e que Wilson é conhecido no condomínio pela conduta violenta. Segundo ela, ele já teria ameaçado outros moradores e porteiros.
Bruna relata que, logo depois de matar Apollo, o Buldogue Francês de quatro anos, o policial teria gritado: “eu avisei!”, e a seguido. "Estou indignada com o comportamento insano dele. Sei que nada vai trazer meu cachorro de volta, mas lutarei por justiça até o fim. Não só na máquina pública, mas buscando ajuda de ONGs de proteção animal e de pessoas que abraçam a causa. Foi um crime brutal, ele atirou às 10h da manhã de um sábado. Onde vamos parar? " desabafa.
O comando da PM da Bahia afastou Wilson de suas funções e informou que uma sindicância foi aberta para apurar o caso.
O comunicado da PM diz que "A Polícia Militar da Bahia, através do CPM/Teixeira de Freitas, unidade a qual o tenente Wilson Pedro dos Santos Júnior é lotado, já instaurou uma sindicância para apurar a responsabilidade do fato e afastou o policial militar das suas funções. O fato ocorreu no último sábado (13), quando o PM, durante a folga, efetuou três disparos de arma de fogo contra o cachorro da vizinha, matando o animal. A sindicância é uma apuração inicial e irá resultar na instauração de um Processo Disciplinar Sumário (PDS) ou PAD, sendo que este último pode implicar na expulsão do oficial do quadro funcional da Polícia Militar. A PM repudia qualquer tipo de abusos ou maus tratos contra animais".
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