O Tribunal de Grande Instância de Paris remarcou para setembro a sessão
que iniciaria o julgamento do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que
é acusado do crime de lavagem de dinheiro em grupo organizado na
França. A audiência estava marcada para a tarde desta sexta-feira (13),
mas o tribunal acatou pedido apresentado pelos advogados do deputado, no
qual contestavam questões relacionadas ao processo. De acordo com o
jornal O Estado de S. Paulo, o procurador regional da República,
Wellington Cabral Saraiva, que está na capital francesa para acompanhar o
caso, afirmou que o defensor do parlamentar alega que, como o réu foi
absolvido no Brasil, ele não poder ser condenado pelo mesmo crime na
França. Diante disto, o tribunal francês concedeu um prazo maior para a
preparação do processo. Maluf foi detido em 2003 por suspeita de enviar
ilegalmente US$ 1,7 milhão para uma conta do banco francês Crédit
Agricole. O valor pode ter sido desviado na época em que o parlamentar
era prefeito de São Paulo. A esposa e o filho de Maluf, Sylvia Lutfalla
Maluf e Flávio Maluf, também são réus no processo. O Ministério Público
Federal do Brasil pretende trazer o processo para o país e repatriar o
dinheiro, que está bloqueado na França. Se for condenado pelo tribunal
parisiense, o deputado pode ser condenado a até 10 anos de prisão e ter
de pagar mais de R$ 2,5 milhões em multas.
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